Por que é tão difícil encontrar nossos próprios erros de digitação?
Um pesquisador da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, comprovou que erros de digitação são ações mais “espertas” do que imaginávamos. Para o psicólogo Tom Stafford, “ao digitarmos, estamos tentando dar significado ao nosso texto, e essa é uma tarefa muito complexa”.
Segundo Stanfford, a relação que cérebro faz quando estamos escrevendo envolve uma série de ações: transformar letras em palavras, palavras em frases, e dar sentido às frases. “Nós não conseguimos enxergar cada detalhe, pois não somos computadores.
Tomamos noção das informações e combinamos com o que esperávamos dela, tirando algum significado”, afirma o pesquisador. Isso está ligado ao fato de não conseguirmos notar aqueles singelos – e irritantes – erros que fazemos, já que sabemos o que dizer com aquilo.
Dificuldade em ver erros próprios
O fato de termos dificuldade para encontrar nossos próprios erros está ligado à quantidade de coisas que fazemos ao digitar. Além disso, é muito mais fácil achar falhas nos trabalhos alheios. Por não competirmos o foco entre criar e avaliar, fica mais fácil dar atenção total.
Então, não se irrite com a observação do seu amigo – que esquece completamente o propósito do texto para falar de um erro de digitação – e pense que isso só acontece por ele estar “totalmente” focado.
Mas apesar de quase sempre deixarmos algo passar, isso não quer dizer que não estamos atentos o suficiente para certas correções. Segundo a Microsoft, a tecla “Backspace” é a terceira mais usada no teclado convencional.
Principais erros de digitação
Existem vários erros de digitação que são comuns e podem prejudicar a eficiência e a precisão na digitação. Alguns dos erros mais comuns incluem:
- Digitar com apenas um dedo: usar apenas um dedo para digitar é um erro comum que pode limitar a velocidade e a precisão na digitação.
- Olhar para o teclado enquanto digita: muitas pessoas ainda têm o hábito de olhar para o teclado enquanto digita, o que pode atrasar a digitação e aumentar o número de erros.
- Pressionar teclas com muita força: pressionar as teclas com muita força pode levar a erros e também causar lesões repetitivas.
- Não usar a postura correta: uma postura inadequada pode causar fadiga e lesões no pescoço, ombros, costas e punhos.
- Não praticar a digitação regularmente: a prática regular é fundamental para aprimorar a habilidade de digitação, e não praticar regularmente pode levar a estagnação ou regressão na habilidade.
- Não prestar atenção aos erros de digitação: é importante prestar atenção aos erros de digitação e corrigi-los imediatamente para evitar a repetição do erro.
- Não usar ferramentas de correção ortográfica: as ferramentas de correção ortográfica podem ajudar a corrigir erros de digitação e melhorar a precisão na escrita.
Conhecer esses erros comuns de digitação é o primeiro passo para evitá-los e aprimorar sua habilidade de digitação. Praticar regularmente e adotar técnicas e estratégias para aprimorar a habilidade pode ajudar a evitar esses erros e aumentar a eficiência e a precisão na digitação.
Curiosidade sobre teclado
O gerente sênior de marketing de produtos da Microsoft para hardware Suneel Goud demonstrou alguns dos teclados ergonômicos da empresa.
Enquanto fazia a demonstração, ele nos disse as três chaves mais populares.
- A terceira mais popular é … a tecla “backspace”.
- A segunda mais popular é … a letra “e”.
- O número um mais popular é … a barra de espaço.
Outro fato engraçado de Goud: 90% das pessoas usam apenas nove dedos ao digitar – elas não usam o polegar esquerdo, porque usam o polegar direito para martelar a barra de espaço.
A Microsoft construiu um teclado com uma barra de espaço dividida. A barra de espaço esquerda pode ser convertida em um botão de retrocesso para que as pessoas possam apertar a terceira tecla mais popular com o polegar esquerdo não utilizado.
Em outro experimento no seu estudo de digitação, Stafford concluiu que pessoas com o costume de digitar sem olhar para os dedos possuem mapas do teclado prontos no cérebro.
Essas pessoas conseguem notar erros antes deles aparecerem na tela, desacelerando suas digitações. Para o pesquisador, essa técnica tem forte relação com a usada pelo cérebro dos nossos ancestrais na hora de atirar as lanças.
Contudo, pesquisadores indicam que trocar a fonte, mudar a cor do fundo, ou imprimir e corrigir o texto a mão são boas dicas para deixar o texto com uma cara “que não é sua”, podendo ajudá-lo a encontrar os erros sem o olhar viciado.
Além dessas técnicas, nada se compara em fazer um curso de digitação para conseguir uma boa postura para os dedos, criando um mapa mental das teclas.